Painel 4: Sustentabilidade e transformação social caminham juntas
No último painel do primeiro Fórum Planeta Campo, exemplos de como a sustentabilidade caminha aliada com o social
“Importante destacar que na ponta das várias cadeias estão os produtores rurais, muitas vezes abandonados, sem informações e com dificuldades de acompanhar as constantes mudanças e exigências legais. Nosso papel é estar ao seu lado, ajudando-os a se adequar e a produzir com responsabilidade social e ambiental”, ressaltou Aline Locks, CEO Plantando Certo.
A empresária foi a mediadora do quarto e último painel do Fórum Planeta Campo, cujo tema é a transformação social por meio da sustentabilidade. Os fatores econômicos e ambientais caminham, lado a lado, para elevar a qualidade de vida das pessoas por meio de projetos inspiradores que potencializam resultados, sinergias e entregas para o bem comum. O importante, segundo o debate, é priorizar o ser humano e suas comunidades, especialmente regiões de alta vulnerabilidade como a Amazônia brasileira.
Amazônia
Pesquisadores calculam que na Amazônia existem cerca de 30 milhões de espécies animais, mas nem todas foram encontradas e estudadas pelos cientistas. Isso significa que o bioma ainda guarda vários bichos desconhecidos do ser humano, e que há várias descobertas a fazer no futuro.
A diretora do fundo JBS pela Amazônia, Andrea Azevedo, falou do projeto desenvolvido pela empresa. “Além da preservação do meio ambiente, é preciso buscar sustentabilidade econômica. No Brasil, historicamente, o ambiental e o social caminham juntos. os projetos não podem apenas buscar a sustentabilidade ambiental, é preciso reduzir a pobreza”.
O COO Global da UPL, Carlos Pellicer, compartilha da mesma opinião que Azevedo. Pellicer disse que sustentabilidade ambiental e social precisam caminhar juntas. “É preciso olhar para o pequeno produtor, ele precisa ser recompensado de maneiras diferentes, até para viabilizar o mercado de carbono, por exemplo”, explica.
Gigaton Challenge
O executivo da UPL também falou sobre o lançamento do projeto mais recente do grupo. Com o nome de Gigaton Challenge (projeto feito junto com a fundação FIFA, federação internacional de futebol), com o objetivo de retirar 1 bilhão de toneladas (1 gigaton) de gases de atmosfera até 2040, o que renderia cerca de us$ 15 bilhões em créditos de carbono. Parte do valor (entre 60% e 70%), será revertido em bonificação aos produtores rurais responsáveis pela geração deste crédito, o restante será usado em despesas operacionais.
Exemplo Acre
Durante o Fórum, Eufran Ferreira do Amaral, da Embrapa Acre, evidenciou, de forma virtual, um estudo feito pela Embrapa em terras no Acre, com potencial para gerar créditos de carbono. “Se trabalharmos no conceito de cadeia de valor, todos ganham. e o mais importante, além de gerar valor, incorporar e auxiliar as comunidades, melhorar a condição de vidas das pessoas com políticas públicas e uma produção adequada”, finalizou Eufran Ferreira do Amaral, da Embrapa Acre, encerrando o Fórum planeta campo.
Assista o quarto painel na íntegra: