RJ vai usar drones e inteligência artificial para reflorestar áreas de difícil acesso
O drone tem a capacidade de lançar, por dia, sementes em uma área de 50 hectares, ou seja, aproximadamente 50 campos de futebol
A cidade do Rio de Janeiro passará a usar drones e inteligência artificial para reflorestar áreas de difícil acesso e de encostas na cidade. O equipamento, que tem a capacidade de lançar, por dia, sementes em uma área de 50 hectares, ou seja, aproximadamente 50 campos de futebol, será usado para reflorestar áreas de difícil acesso e de encostas na cidade. As ações deverão começar já na próxima semana, segundo a prefeitura.
O projeto-piloto do novo tipo de trabalho de reflorestamento será na Floresta da Posse, em Campo Grande, na zona oeste da cidade.
Os impactos serão sentidos, de acordo com a secretária de Meio Ambiente e Clima do Rio, Taína de Paula, no prazo de dois a cinco anos, tempo necessário para que as plantas cresçam.
A prefeitura irá investir R$ 27 mil em uma espécie de aluguel do drone, em uma parceria com a startup franco-brasileira Morfo. Serão usadas apenas sementes de Mata Atlântica, vegetação nativa da região.
Como as tecnologias vão auxiliar nesse processo?
O drone será usado para lançar as sementes em áreas de difícil acesso, como encostas e morros. O equipamento é equipado com um sistema de GPS que permite que as sementes sejam lançadas com precisão, garantindo que elas caiam em locais adequados para o seu desenvolvimento.
A inteligência artificial será usada para definir um plano de plantio, calculando quais sementes serão plantadas em quais áreas, junto com quais espécies, a proporção de sementes de cada uma delas e a quantidade necessária para cada espaço, criando padrões de plantio.
A gerente do Programa Mutirão Reflorestamento, Camila Rocha, diz que o drone irá auxiliar os trabalhadores.
“O drone consegue acessar áreas mais distantes e também irá auxiliar com a parte de monitoramento dessas áreas”, diz. O programa, que atualmente é chamado Refloresta Rio, foi lançado na década de 1980. As ações contam com o auxílio de moradores dos próprios locais a serem reflorestados.
Rocha conta que o início do trabalho é o mais desafiador, quando é preciso capinar áreas com vegetação de até 3 metros de altura.
“São todas atividades manuais, capina com enxada. O transporte de mudas é feito manualmente, cada muda que chega ao topo do morro, à base ou ao terço médio, é levada manualmente pelas mãos de cada trabalhador. Então, faz a capina, abre as covas, leva as mudas e, quando acontece uma climática favorável, esse plantio é executado. Após o plantio é indispensável que seja feita a manutenção dessas áreas, com capina e replantio se necessário, para garantir o sucesso do reflorestamento”, detalha.
A secretária de Meio Ambiente e Clima do Rio, Taína de Paula, acredita que o uso de drones e inteligência artificial vai permitir que a cidade refloreste áreas que antes eram inacessíveis ou que demandavam muito tempo e trabalho manual.
“Essa é uma ferramenta que vai nos permitir plantar mais e melhor, com mais eficiência e rapidez. É uma tecnologia que está se desenvolvendo e que pode ser muito útil para o reflorestamento”, afirma.
Por Agência Brasil