Tecnologia transforma urina em adubo e muito mais
Iniciativa da UFMG recebeu R$ 1 milhão em emenda parlamentar para impulsionar o projeto
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) recebeu R$ 1 milhão em emenda parlamentar para impulsionar projetos de sustentabilidade em desenvolvimento no Centro de Escalonamento de Tecnologias e Modelagem de Negócios (Escalab).
Um dos projetos de destaque é a tecnologia P4Tree, que captura o fósforo da urina humana e o transforma em fertilizante para plantas. Essa tecnologia inovadora foi testada com sucesso em três edições do Carnaval de Belo Horizonte, evitando a eutrofização da água e promovendo a sustentabilidade.
Escalab: soluções inovadoras para problemas da indústria
O Escalab, criado em 2019, já atendeu mais de 35 empresas e conduziu diversos programas de inovação aberta com universidades brasileiras. A equipe do centro utiliza uma metodologia própria para escalonar tecnologias e oferecer soluções inovadoras para os problemas gerados pelos processos industriais, principalmente os rejeitos.
A deputada federal Duda Salabert, autora da emenda parlamentar, destacou a importância da pesquisa na UFMG, citando a expressão “universidade necessária” de Darcy Ribeiro. “Projetos como esses demonstram o quanto a universidade, assim como a política, é fundamental para a transformação social e a soberania do país”, afirmou.
O vice-reitor Alessandro Fernandes Moreira ressaltou que o aporte de recursos ao Escalab é “muito bem-vindo”, especialmente em um momento em que a sustentabilidade é estratégica para a UFMG. “A sustentabilidade ambiental, hídrica e energética faz parte de um projeto institucional amplo”, disse.
O professor Rochel Lago, coordenador do Escalab, apresentou os projetos em desenvolvimento, que, segundo ele, “respondem à expectativa da universidade necessária”. “A proposta do Escalab é oferecer produtos tecnológicos de sustentabilidade para a sociedade, e esse aporte de recursos será aplicado, prioritariamente, nos projetos de maior impacto, especialmente para as populações vulneráveis”, afirmou.
Projetos com impacto social e ambiental
Lago destacou a atuação do Escalab junto às indústrias e às comunidades locais, como as populações ribeirinhas do Rio Doce e as indígenas extrativistas do Amazonas.
“A proposta do Escalab é oferecer produtos tecnológicos de sustentabilidade para a sociedade, e esse aporte de recursos será aplicado, prioritariamente, nos projetos de maior impacto, especialmente para as populações vulneráveis”, afirmou.
O grupo integra uma rede de cerca de 60 pesquisadores (estudantes e professores) de 32 instituições de todo o país.