Projeto Mulheres do Alto Xingu transforma a história de 50 empreendedoras

Famílias e comunidades do Pará ganham ferramentas e subsídios para enfrentarem problemas socioeconômicos e fortalecem a agroindústria na produção de polpas

Projeto Mulheres do Alto Xingu transforma a história de 50 empreendedoras

Uma parceria da Cargill com o Projeto Escola de Empreendedorismo das Mulheres do Alto Xingu realizado junto à Associação das Mulheres Produtores de Polpa de Fruta (AMPPF), alcançou em 2022 a marca de 50 associados, na sua maioria mulheres produtoras parceiras da ação.

Com o objetivo de gerar trabalho, renda e melhorar a qualidade de vida em São Félix do Xingu, no Pará, o projeto fortalece a agricultura familiar e capacita jovens e mulheres em empreendedorismo. A iniciativa é realizada em parceria com o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), por meio do programa Florestas de Valor, e a cooperativa Camppax, com um plano de ação específico. A proposta é buscar oportunidades de melhoria para a Associação e desenvolver um plano de negócios e outras ferramentas de gestão do empreendimento.

O apoio da agroindústria tem sido fundamental para potencializar oportunidades como essa, que proporcionam espaço para a mulher se desenvolver, estudar e firmar seu espaço como empreendedora, permitindo renda própria, independência e empoderamento. “Na Associação desenvolvemos o olhar para evitar o desperdício e entender como podemos aproveitar ao máximo as polpas coletadas. Hoje temos o beneficiamento da polpa a partir da qual produzimos, por exemplo, licores, geleias e frutas cristalizadas”, destaca Maria Helena Gomes, associada da AMPPF.

 “Por meio das capacitações de jovens e mulheres em empreendedorismo, tem sido possível ter mão de obra qualificada e uma atividade produtiva sustentável, gerando trabalho, renda e possibilitando a permanência dessas famílias no campo”, destaca Henrique de Souza, responsável pelo projeto no time de sustentabilidade da Cargill. As ações de profissionalização incluem ainda conhecimento sobre tratamento adequado da região para o plantio das mudas, uso correto para geração de renda com produtos artesanais e educação e consultoria quanto ao cultivo desse território.

 Com a consultoria e apoio técnico, a Cargill também contribui para o reflorestamento e a adequação ambiental na região, já que o programa conta com ações de preservação da floresta em pé e de recuperação de áreas degradadas a partir de implementação do viveiro de mudas e de enriquecimento dos quintais agroflorestais.

Atualmente foram elaborados 22 projetos de implantação de novas áreas de sistemas agroflorestais biodiversos. “Fortalecidas socioeconomicamente, as mulheres conseguem aliar preservação ambiental e produção. E assim, mantém a floresta em pé e recuperam as áreas degradadas a partir da implantação de sistemas agroflorestais, subsidiadas pelas mudas de frutíferas e essências florestais produzidas no viveiro da AMPPF”, conta Celma Oliveira, coordenadora de projetos do Imaflora.

O Projeto Escola de Empreendedorismo conquistou o Selo artesanal da ADEPARÁ, que autoriza o comércio da produção de polpas no estado. Essa certificação foi possível a partir do cumprimento de diversos parâmetros fixados seguindo um regulamento técnico e após validação de inspeções que garantem a qualidade higiênico-sanitária dos produtos.

 

*com informações da assessoria