
Durante a COP30, a Embrapa apresentou o Protocolo Carne Baixo Carbono, uma proposta que integra eficiência pecuária, conservação ambiental e redução de gases de efeito estufa. O lançamento ocorreu na Agrizone, espaço montado próximo à sede da conferência, na Embrapa Amazônia Oriental.
“No protocolo, um dos principais pontos é que o animal deve ser batido até os 30 meses. Só nesse contexto a gente teria pelo menos 10 meses a menos de emissões dos animais”, explica o pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Roberto Giolo.
Entre as práticas previstas estão integração lavoura-pecuária, recuperação de pastagens degradadas e manejo adequado do solo e da água. Todas as ações são acompanhadas por indicadores que comprovam a redução efetiva das emissões. Os produtores que cumprirem as diretrizes podem receber o selo Carne Baixo Carbono, concedido pela Embrapa.
De acordo com Giolo, a certificação exige o cumprimento de pelo menos 20 critérios mínimos, entre eles o manejo correto da altura de pastejo para cada tipo de capim, cuidados com a fertilidade do solo e suplementação adequada dos animais.
Segundo o pesquisador, com o passar dos anos, o produtor pode atender a outros requisitos, chegando a até 67 indicadores de sustentabilidade. A meta é que, em um intervalo de seis a oito anos, o sistema apresente menor emissão de gases e maior acúmulo de carbono no solo.