COP26: Austrália rejeita acordo e diz que venderá carvão por “décadas no futuro”
89% dos recursos de carvão mundial e 95% dos australianos não devem ser usados para alcançar 50% das possibilidades de cumprir com o objetivo de limitar o aquecimento global.
Nesta segunda-feira, (08), durante a Conferência Mundial do Clima, a COP26, a Austrália afirmou que venderá carvão por “décadas no futuro”. O país rejeitou um pacto destinado a eliminar, gradualmente, o combustível fóssil poluente para combater a mudança climática. Até o momento, 77 países se comprometeram a eliminar o uso de carvão nas próximas décadas.
Além da Austrália, outros países como China, Estados Unidos e a Índia também não assinaram o acordo. “Dissemos claramente que não fecharemos as minas de carvão e não fecharemos as centrais elétricas movidas a carvão”, declarou o ministro australiano de Recursos, Keith Pitt, à rede de televisão ABC.
Pitt garantiu que o carvão de seu país está entre os de maior qualidade do mundo. “É por isso que continuaremos tendo mercados nas próximas décadas, e se eles comprarem nós venderemos”, completou. O ministro antecipou que a demanda por carvão vai crescer até 2030. “Se não ganharmos esse mercado, outros vão fazer isso”, disse ele.
De acordo com artigo cientifico publicado no início de setembro deste ano no periódico Nature, 89% dos recursos de carvão mundial e 95% dos australianos não devem ser usados para alcançar 50% das possibilidades de cumprir com o objetivo de limitar o aquecimento global.