COP26: Joaquim Leite cobra recursos de países desenvolvidos
Leite também defendeu o programa nacional de pagamentos por serviços ambientais Floresta+
O Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, discursou nesta quarta-feira (10) na Conferência Mundial do Clima, a COP 26, com tom de cobrança por mais recursos financeiros dos países desenvolvidos. O discurso foi o primeiro em pessoa de uma autoridade do governo federal na plenária de alto nível do evento.
Segundo o ministro, o dobro de recursos foram destinados a pasta de meio ambiente. “Para conter o desmatamento na Amazônia, o governo dobrou os recursos destinados a agências ambientais federais e promoveu abertura de concursos para 739 novos agentes ambientais”, afirmou.
Floresta +
Leite defendeu programas governamentais brasileiros, como o Floresta +. “Reconhecemos também que onde existe muita floresta, também existe muita pobreza. E para promover o desenvolvimento sustentável da região criamos o programa nacional de pagamentos por serviços ambientais Floresta+, que busca fomentar o mercado de serviços ambientais, reconhecendo e remunerando quem cuida de floresta nativa.”
O Programa Floresta + é uma iniciativa que tem o objetivo de valorizar as ações de preservação da floresta nativa brasileira. O projeto inicial vai ser realizado na Amazônia Legal, e serão destinados mais de R$ 500 milhões para atividades que melhorem, conservem e recuperem a natureza.
O projeto é destinado a pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, grupo familiar ou comunitário que, de forma direta ou por meio de terceiros, executam as atividades de serviços ambientais em áreas mantidas com cobertura de vegetação nativa ou sujeitas à sua recuperação. Poderão ser reconhecidas e beneficiadas em todo território nacional diversas categorias fundiárias, sejam elas áreas privadas, de preservação permanente e de uso restrito, assentamentos, terras indígenas ou unidades de conservação, desde que tenham atividades de proteção e conservação de recursos naturais.
Financiamento de países ricos
Para finalizar, Leite cobrou o financiamento dos países desenvolvidos como uma emergência financeira “Os países que historicamente e atualmente são responsáveis pelos maiores volumes de poluição da atmosfera devem demonstrar suas efetivas ambições de financiamento nessa conferência, sem postergar ainda mais um compromisso assumido em 2015 e até o momento não realizado em sua plenitude. Todas as partes dessa conferência devem assumir suas responsabilidades comuns, porém diferenciadas na direção de uma economia verde neutra em emissões”, finalizou.
Investimentos
A repórter Sara Kirchhof conversou com o atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, Marcos Troyjo, direto da Conferência Mundial do Clima, a COP 26 em Glascow, na Escócia sobre investimentos.
Assista a entrevista completa: