Reino Unido promete cortar soja de áreas de desmatamento

Ao todo, 27 grandes empresas assinaram o acordo que deve ser cumprido até 2025.

Reino Unido promete cortar soja de áreas de desmatamento

Na última terça-feira, (9), 27 empresas britânicas líderes da indústria de alimentos como Tesco, Nestlé Reino Unido e Irlanda, Sainsbury’s, Nando’s, KFC Reino Unido e Irlanda, Morrisons e McDonald’s Reino Unido e Irlanda, assinaram um documento chamado “Manifesto da Soja do Reino Unido”.  Os signatários se comprometeram a cortar a compra do grão fruto do desmatamento e da destruição ambiental das cadeias de suprimento o mais rápido possível, até 2025.

Os envolvidos representam quase 2 milhões de toneladas de compras de soja a cada ano e mais da metade (quase 60%) do consumo total da Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.

Signatários

O principal objetivo do acordo estabelece um compromisso para que nenhuma soja que chegue ao Reino Unido seja responsável pelo desmatamento ambiental para a agricultura após janeiro de 2020; Além disso, os signatários pedem aos fornecedores diretos que adotem o mesmo compromisso através de contratos para garantir o cumprimento das metas exigidas. 

O consumo de soja do Reino Unido – 3,5 milhões de toneladas em 2020 – embora pequeno em termos globais, está contribuindo para a pressão sobre paisagens biodiversas como o Cerrado, a Mata Atlântica, o Gran Chaco e a Chiquitânia na América do Sul. 

No Brasil

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção brasileira é de 135,409 milhões de toneladas, com área plantada de 38,502 milhões de hectares e produtividade de 3.517 kg/ha.

Para Bernardo Pires, gerente de sustentabilidade da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais, a Abiove, é importante esclarecer aos consumidores europeus que existem várias situações geográficas, cada uma  com uma questão sustentável vigente. “O Brasil ser classificado como um todo em uma região de alto risco, independente da atividade agropecuária e independe do bioma, é uma irresponsabilidade do mercado europeu”, afirmou. 

Assista o programa na íntegra: