Agricultores encontram alternativas sustentáveis ao cultivo de tabaco

Projeto foi viabilizado por meio de extensionistas capacitados pela Epagri, em Santa Catarina

Agricultores encontram alternativas sustentáveis ao cultivo de tabaco

A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) apresentou nesta terça-feira (dia 3), em Florianópolis, casos de sucesso de agricultores catarinenses que encontraram alternativas ao cultivo do tabaco.

Cerca de 130 pessoas, entre agricultores e técnicos da Epagri das regiões de Criciúma, Tubarão, Florianópolis, Rio do Sul e Canoinhas conheceram o relato de um extensionista da Epagri sobre a proposta, além de oito casos de sucesso apresentados pelos próprios agricultores.

Alberto Luiz Ávila, extensionista e gestor estadual de Diversificação Tabaco da Epagri, explica que o projeto nasceu em 2018, em parceria com a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Ao longo deste período, a Epagri capacitou cerca de 100 extensionistas, que atenderam cerca de 2,4 mil famílias rurais produtoras de tabaco.

Os profissionais da Epagri ofereçam serviços de assistência técnica e extensão rural para ofertar aos agricultores alternativas viáveis economicamente ao cultivo de tabaco, de forma perene ou em rotação. Ávila explica que normalmente as propriedades produtoras de fumo são menores, por isso o uso para olericultura e fruticultura tornou-se uma boa possibilidade. Houve casos também em que a alternativa foi estimular vocações naturais já presentes nas propriedades rurais, como bovinocultura de leite e de corte, por exemplo.

Estímulo à mudança

O encontro desta terça-feira marcou o encerramento do projeto. Uma das metas que a Epagri comemora é a concretização de 99,9% das atividades previstas no projeto. Foram realizadas reuniões, atendimentos individuais e coletivos, diagnósticos comunitários, entre outras ações. A Epagri também elaborou 2.279 planos de trabalho com a famílias, levando sempre em consideração os anseios dos beneficiários, o diagnóstico e as possíveis alternativas de diversificação.

“O estímulo à mudança para sistemas produtivos compatíveis com a conservação de recursos naturais trouxe resultados positivos na melhoria da qualidade ambiental das propriedades rurais, incentivando o cadastro ambiental, a preservação de nascentes e a adoção de práticas agroecológicas”, descreve o extensionista da Epagri. Ele lembra ainda que jovens rurais e mulheres tiveram atenção especial durante o projeto, propiciando espaços para o exercício do protagonismo dentro das propriedades e das organizações.

Ávila destaca que a extensão rural é uma atividade continuada, por isso, mesmo após o encerramento oficial do projeto, o acompanhamento segue junto aos agricultores. “A avaliação que fazemos é que o trabalho deve continuar e que instrumentos como esse devem ser disponibilizados como forma de fortalecer a viabilização do atendimento qualificado e continuado de assistência técnica e extensão rural”, finaliza o gestor da Epagri.

 

Fonte: Governo de Santa Catarina