O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) assinaram um convênio para a elaboração de um diagnóstico do potencial da bioeconomia nos nove estados da Amazônia Legal. A parceria visa identificar informações ligadas à bioindústria com o intuito de viabilizar e promover a estruturação de novos modelos de negócios.
O diagnóstico será realizado em 24 meses e terá como foco os seguintes temas:
- Mapeamento de recursos biológicos e potenciais bioprodutos;
- Avaliação de oportunidades de negócios e investimentos;
- Identificação de desafios e oportunidades para o desenvolvimento da bioeconomia na Amazônia.
Os resultados do diagnóstico serão apresentados a ministérios, bancos, fundos internacionais e financiadores.
Compromisso com a sustentabilidade
A parceria entre o IPAM e a ABDI é um importante passo para o desenvolvimento da bioeconomia na Amazônia. O diagnóstico permitirá identificar oportunidades de negócios sustentáveis que podem contribuir para a conservação da floresta e a geração de renda para a população local.
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“Essas pautas da sustentabilidade, bioindústria e do social estão ligadas”, afirmou Cecilia Vergara, presidente interina da ABDI. “Envolve resultados para a sociedade. A parceria vai, a partir do diagnóstico, promover o engajamento para trazer desenvolvimento da bioindústria na Amazônia Legal.”
André Guimarães, diretor-executivo do IPAM, também destacou a importância da parceria para o futuro da Amazônia.
“O Brasil ficou muito tempo virado de costas para a Amazônia”, afirmou. “Precisamos desenhar o futuro. Este é o embrião de longa parceria. O esforço contra o desmatamento não vai ser o suficiente se não apresentarmos alternativas para que a Amazônia possa empreender com a floresta em pé.”
Bioeconomia é oportunidade para a Amazônia
A bioeconomia é uma área de grande potencial para a Amazônia. A região abriga uma enorme diversidade de recursos biológicos, que podem ser utilizados para a produção de produtos e serviços sustentáveis.
“É uma semente estruturante”, enfatizou Eugênio Pantoja, diretor de Políticas Públicas e Desenvolvimento Territorial do IPAM. “Uma oportunidade gigantesca para a Amazônia, peça central do Brasil no xadrez climático, seja para soluções ambientais ou para a indústria. Reestruturar as cadeias produtivas torna-se um diferencial do Brasil para além das commodities de pecuária e agricultura.”
