Cerrado pode ficar sem monitoramento de desmate do Inpe
De acordo com dados divulgados pelo Instituto, o cerrado perdeu 8.531 km² de agosto de 2020 até julho de 2021, e 7.900 km² no mesmo período do ano anterior.
O monitoramento de desmatamento no cerrado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) pode acabar em 2022, caso uma nova fonte de verbas não seja encontrada. Há recursos somente para continuidade dos trabalhos pelos próximos três ou quatro meses.
De acordo com dados divulgados pelo Instituto, o cerrado perdeu 8.531 km² de agosto de 2020 até julho de 2021, e 7.900 km² no mesmo período do ano anterior. O órgão está se mobilizando para conseguir verbas no intuito de manter o programa por mais tempo.
Sobre o Cerrado
Um dos mais ricos e importantes domínios naturais do Brasil é o Cerrado, localizado em boa parte da região Centro-Oeste e também em partes das regiões Norte, Nordeste e Sudeste do país. Embora o seu ambiente apresente importantes funções ambientais para espécies animais, vegetais e também para nascentes e leitos de rios, o seu processo de devastação acentuou-se ao longo das últimas décadas e boa parte de sua formação original foi destruída.
O processo de desmatamento do Cerrado consolidou-se ao longo da segunda metade do século XX, graças aos avanços da agropecuária para o interior do país nesse período. Dados revelam que menos de 48% da vegetação original encontra-se total ou parcialmente conservada. As principais causas da devastação do Cerrado são o avanço das queimadas e a retirada de suas matas para a utilização do solo.