Imagine uma lavoura que, além de produzir alimentos, melhora a qualidade do solo, aumenta a biodiversidade e ajuda no equilíbrio climático. Essa é a promessa da agricultura regenerativa, conceito que vem ganhando força no Brasil com o avanço de novas tecnologias e biossoluções. A UPL, empresa global de soluções agrícolas, tem investido nesse setor por meio da sua divisão NPP (Natural Plant Protection), trazendo produtos inovadores que impulsionam uma produção mais sustentável e eficiente.
Inovação com biossoluções
Entre as novidades que chegaram ao mercado brasileiro está um nematicida biológico desenvolvido com três bactérias distintas, que oferece múltiplos benefícios ao produtor rural. O produto tem alta tecnologia de formulação e foi criado para facilitar o manejo na lavoura. Diferente de outras biossoluções, ele tem validade de dois anos sem necessidade de refrigeração, pode ser misturado com defensivos químicos e permanece na semente por até 180 dias sem perder suas propriedades.
“Esse produto é uma revolução no manejo sustentável. Ele alia a eficiência dos biológicos à praticidade que o produtor precisa, sem complicações no armazenamento ou na aplicação”, explica Rogério Castro, CEO da UPL no Brasil.
O uso desse tipo de biossolução faz parte de uma tendência global para reduzir o impacto ambiental da agricultura e aumentar a produtividade sem comprometer os recursos naturais. A agricultura regenerativa se apoia em tecnologias como essa para restaurar solos degradados, reduzir o uso de insumos sintéticos e tornar as lavouras mais resilientes às mudanças climáticas.
O desafio da insegurança jurídica no agro
Apesar dos avanços tecnológicos, a insegurança jurídica ainda é um dos maiores desafios do setor agrícola no Brasil. A falta de previsibilidade e regras claras dificulta investimentos e pode comprometer o desenvolvimento do agronegócio.
A UPL, que financia cerca de R$ 8 bilhões no Brasil, reforça a necessidade de um ambiente de negócios seguro. Segundo a empresa, um dos pontos críticos é a questão das recuperações judiciais, que muitas vezes criam incertezas para investidores e produtores.
“Não podemos garantir segurança para os investidores da UPL se houver insegurança jurídica no Brasil. É essencial que o setor se mobilize para que haja mais estabilidade nas regras de recuperação judicial e proteção aos negócios”, destaca Castro.
A previsibilidade regulatória é fundamental para que empresas e produtores possam planejar a longo prazo, garantindo competitividade ao agronegócio brasileiro.
Soja Baixo Carbono: inovação e sustentabilidade
Rogério também destaca a colaboração entre iniciativa privada, governo e instituições de pesquisa. Um exemplo dessa sinergia é o programa Soja Baixo Carbono, desenvolvido pela Embrapa, que busca descarbonizar uma das culturas mais importantes do país.
“Acredito que esta seja a coalizão setorial mais importante dos últimos tempos para promover uma agricultura de baixo carbono”, defende o CEO da UPL Brasil.
O programa estabelece padrões de governança e compliance para garantir uma certificação confiável para a soja de baixo carbono. A ideia é incentivar práticas agrícolas que reduzam as emissões e recompensar produtores que adotam técnicas sustentáveis.
Esse modelo não apenas fortalece a competitividade do Brasil no mercado internacional, mas também valoriza o agricultor que investe em práticas regenerativas e sustentáveis.
Ao unir inovação, segurança jurídica e práticas de baixo carbono, o agro brasileiro se posiciona como referência mundial em sustentabilidade e produtividade.