“Brasil é agroambiental e possui as leis mais rigorosas do mundo”, diz FPA

De acordo com Pedro Lupion, presidente da FPA, o Brasil é o único capaz de alcançar a liderança mundial na produção de alimentos sem causar danos ao meio ambiente

“Brasil é agroambiental e possui as leis mais rigorosas do mundo”, diz FPA

A sustentabilidade é um tema atemporal e, sempre que posto em discussão, traz à tona direitos e deveres, além das contribuições que cada país pode dar ao globo. O diálogo, portanto, vem a ser a saída mais louvável para a obtenção de uma diretriz que possa levar o Brasil a números mais satisfatórios.

Nesse sentido, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) recebeu, na reunião ordinária desta terça-feira (11), membros do Ministério do Meio Ambiente para tratar de assuntos atinentes à matéria.

Brasil

Para o presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), é fundamental, especialmente, que não se caia em guerras de narrativas. Segundo ele, o Brasil é criticado por outros países, principalmente, por ser o único capaz de alcançar a liderança mundial na produção de alimentos sem causar danos ao meio ambiente.

“Precisamos focar nas questões técnicas. O Brasil é o único país do planeta capaz de triplicar a produção de alimentos, as outras nações sabem e se preocupam com isso. Por esse motivo, tentam fazer com que o nosso país esbarre em regras criadas por eles mesmos e fique com a fama de que não cumpre regras. Ao contrário, temos as leis mais rigorosas e somos agroambientais”, disse.

Lupion ressaltou, ainda, que o Brasil tem condições de levar adiante propostas que irão contribuir, ainda mais, com a busca pelo desmatamento ilegal zero e a manutenção do país no protagonismo mundial.

“O Brasil pode e vai ser ainda maior. O setor agropecuário tem a oportunidade de ajudar com o crédito de carbono zero, a regularização fundiária, o projeto de lei dos pesticidas, do autocontrole, de se posicionar como um líder muito à frente dos demais. Estamos no caminho do diálogo e da construção de pontes, tão necessárias”.

O deputado federal Zé Vitor (PL-MG), salientou que a Frente não possui cores partidárias, e que o diálogo e a construção de pontes será sempre uma marca da bancada. De acordo com o parlamentar, cuidar do meio ambiente é uma obrigação de todos, e por essa razão, quem quiser o melhor do setor, será bem-vindo.

“Já construímos diversos Projetos de Lei e o enfoque sempre é o cuidado com o nosso verde. Todos que querem presenciar o pleno desenvolvimento do setor agropecuário e do Brasil podem vir com ideias, pois serão bem recebidos em nossa casa”, afirmou.

As divergências de ponto de vista foram lembradas pelo deputado Arnaldo Jardim (CD-SP), vice-presidente da FPA na Câmara dos Deputados. Ele enfatizou, entretanto, que todos podem promover um diálogo saudável, mesmo em questões polêmicas, e lembrou das proibições impostas pela União Europeia.

“É importante fortalecermos o país e propormos atualizações em temas como dos pesticidas. Atualizar é trazer segurança para o alimento e para a população. A questão das sanções da União Europeia também precisam ser discutidas com todos. Estão colocando o desmatamento na conta do Brasil, o que é um verdadeiro absurdo, uma narrativa criada por eles”.

Ministério do Meio Ambiente

O Secretário-Executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, participou da reunião-almoço, desta terça-feira (11), e reafirmou a vontade de construir uma agenda propositiva com a bancada.

Capobianco disse estar com o “espírito desarmado” para debater sem ideologias, e encontrar resultados para o desenvolvimento do setor agropecuário e do Brasil. O Secretário, inclusive, afirmou, ao final do encontro, que irá conversar com o governo, também, acerca dos Pesticidas.

“Temos inúmeras diferenças, mas possuímos muitos pontos convergentes em nossas ideias, especialmente o desejo de atingir o desmatamento ilegal zero, efetivar as questões relacionadas ao crédito de carbono e continuar fazendo do país uma nação agroambiental”.