Setor empresarial quer construir sistemas alimentares e acesso saudáveis e seguros para todos, diz CEBDS
Ricardo Mastroti, diretor executivo do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, disse no Planeta Campo Talks que agronegócio brasileiro tem como caminho natural a inovação
O diretor executivo do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Ricardo Mastroti, afirma que o agronegócio tem que continuar no caminho da inovação para continuar sendo “o motor que sustenta a alimentação mundial”. Um exemplo disso é o uso de tecnologias de informação no campo, que permitem rastreamentos mais eficazes de como as produções saem dos campos e vão para a mesa dos consumidores.
Durante o Planeta Campo Talks, realizado nesta quarta-feira em São Paulo, Mastroti lamentou o fato de o país ainda ter fome, mas acredita que o fortalecimento das economias regionais, somado às políticas públicas voltadas para o segmento podem mitigar essa situação.
“Se você consegue produzir e consumir localmente, você está fortalecendo toda aquela região economicamente, mas também está reduzindo emissões, importando produtos e gerando menos perdas para o meio ambiente“, exemplificou.
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Ricardo Mastroti considera que não estamos saindo do zero, mas que ainda há um passo importante para ser dado para alcançar a universalização dos alimentos produzidos no país, além da manutenção da liderança na quantidade de exportações.
O CEBDS apoia o mapeamento de impactos e a criação do mercado de carbono, considerando que essas são duas ferramentas extremamente importantes para dar uma ideia mais ampla sobre a preservação do meio ambiente e como a iniciativa privada tem conseguido alcançar isso.
No país, o Conselho Empresarial é representante de uma associação mundial, que congrega 200 das maiores empresas multinacionais do planeta, responsáveis por 19 milhões de empregos diretos.
O objetivo é colocar todos os atores envolvidos nisso em uma mesa para alcançar duas metas: a busca pelo impacto positivo de biodiversidade e soluções climáticas naturais, como a geração de créditos de carbono por meio de soluções baseadas na natureza, com o desenvolvimento de projetos.
“O Brasil tem tudo para consolidar a liderança global de produção sustentável de alimentos, e o CEBDS é onde buscamos facilitar essas conversas. Aprender juntos é muito mais fácil que errar sozinhos“, conclui.