Banco do Brasil e Embrapa firmam acordo para incentivar sustentabilidade na produção de grãos

Assinado também pela Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL), a parceria vai fomentar o desenvolvimento e a adoção de boas práticas de manejo em sistemas sustentáveis para desenvolvimento de grãos

O Banco do Brasil, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL) firmaram um acordo de cooperação para fomentar o desenvolvimento e a adoção de boas práticas de manejo em produção de grãos, para incentivar a sustentabilidade e beneficiar agricultores familiares.

O acordo foi assinado no dia 19 de dezembro, durante a solenidade em comemoração aos 50 anos da Embrapa, em Brasília/DF. A cerimônia contou com a presença de autoridades do Governo Federal e dirigentes de organizações do setor agropecuário.

Pelos termos do acordo, as três instituições se comprometem a realizar ações conjuntas para disseminar conhecimentos e assistência técnica estruturados, além de viabilização de estratégias para recuperação de áreas degradadas. O objetivo é melhorar a qualidade biológica, física e química dos solos e reduzir os riscos na atividade dos produtores rurais.

A cooperação também prevê soluções financeiras e de crédito para a implementação dos projetos de investimento associados a essas iniciativas.

Medidas alinhadas com o programa do Governo Federal

Todas essas medidas estão alinhadas com o recente programa do Governo Federal de conversão de áreas degradadas para sistemas de produção agropecuárias e florestais sustentáveis.

O programa visa aumentar a produção, a segurança alimentar, a preservação do meio ambiente e a resiliência a adversidades climáticas.

Protagonismo histórico do BB e da Embrapa

Banco Do Brasil, Embrapa

Foto: Divulgação

O Banco do Brasil foi representado pelo vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar, Luiz Gustavo Braz Lage. Para ele, “a parceria reforça o protagonismo histórico do BB e da Embrapa em atuações conjuntas na viabilização de soluções inovadoras para a inclusão produtiva e a sustentabilidade na agropecuária do Brasil”.

A Presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, destacou que o acordo de cooperação formalizado para recuperar áreas degradadas com produção sustentável de alimentos é “o início de um grande movimento nacional para expandir a produção agropecuária sem a derrubada da floresta nativa”.

Ação da CCGL

O presidente da CCGL, Caio Vianna, ressaltou a Operação 365, desenvolvida pela Rede Técnica Cooperativa e pela Embrapa Trigo.

“O programa sugere plantas sobre o solo 365 dias no ano, uma ferramenta para capturar CO₂. Então, seja floresta ou cultura de valor econômico, precisamos ter plantas no solo 365 dias do ano, precisamos ter raízes, melhorando a estrutura biológica e física do solo e podendo buscar a água que, em muitos momentos, nos falta, principalmente no Rio Grande do Sul, que sofreu com duas estiagens consecutivas”, disse Vianna.

O presidente da CCGL ressaltou a parceria das cooperativas do RS, da Embrapa e do Banco do Brasil, destacando a importância da nova agricultura e da recuperação e potencialização do solo. O termo assinado também prevê a adoção da tecnologia conservacionista, assistência técnica obrigatória e a utilização da plataforma digital Smartcoop.

Foco na sustentabilidade

Segundo o chefe-geral da Embrapa Trigo, Jorge Lemainski, a parceria vai fomentar o desenvolvimento e a adoção de boas práticas de manejo em sistemas sustentáveis de produção de grãos.

“Vamos fazer um diagnóstico em diferentes modelos de produção de culturas anuais da Região Sul e propor melhorias para a qualidade dos solos, reduzindo impactos ambientais, com mais renda e menos riscos nas propriedades rurais”.

Segundo Jorge Lemainski, o Banco do Brasil será responsável pelo aporte financeiro para movimentar o programa, enquanto a CCGL e a Embrapa desenvolvem ações de transferência de tecnologia, como cursos e treinamentos, além da coleta e interpretação das análises físicas e químicas do solo para determinar os indicadores de qualidade e os ajustes nas intervenções.

“O programa inicia no Rio Grande do Sul, mas deverá servir de modelo para futuras intervenções também em Santa Catarina e no Paraná, voltadas à melhoria da qualidade dos solos cultivados com culturas anuais no Sul do Brasil”.