USP lidera estudo para hidrogênio verde a partir de etanol

O hidrogênio é o elemento mais abundante no universo, e quando produzido de maneira limpa e sustentável, ele se torna o chamado “hidrogênio verde”

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a enfatizar a liderança da Universidade de São Paulo (USP) em um estudo para produzir hidrogênio verde a partir de etanol. Criticou, no entanto, o fato de a Petrobras não participar do projeto.

“A Petrobras ficou de fora do projeto de hidrogênio verde. Já conversei com o Jean Paul Prates (presidente da estatal). Não usamos o fundo verde para aquilo que de mais moderno há no país. Às vezes, o Estado brasileiro se omitiu para nos colocar na liderança da transformação ecológica no mundo”, disse o ministro durante o 7º Fórum Nacional de Controle, promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília. O evento deste ano tem como tema “Desenvolvimento Sustentável e o Controle”.

O que é o hidrogênio verde?

Hidrogenio Verde

Foto: FGV

Em meio aos esforços globais para combater as mudanças climáticas, o hidrogênio verde emergiu como um dos protagonistas na transição para um futuro mais limpo e sustentável.

O hidrogênio é o elemento mais abundante no universo, e quando produzido de maneira limpa e sustentável, ele se torna o chamado “hidrogênio verde”. Este capítulo explora como o hidrogênio verde é produzido, destacando seu potencial como um combustível versátil e livre de carbono.

Sua produção envolve o uso de eletricidade renovável, como energia solar ou eólica, para eletrólise da água, separando o hidrogênio do oxigênio. Este processo de baixas emissões de carbono resulta em hidrogênio puro, adequado para várias aplicações.

Por conta disso, essa tecnologia vem encontrando uso em uma variedade de setores, incluindo transporte, indústria pesada e energia. Exploramos como ele está impulsionando a mobilidade com veículos a hidrogênio, alimentando processos industriais de baixo carbono e armazenando energia para períodos de alta demanda.

Projetos verdes

Etanol, Combustível, Hidrogênio

Foto: Envato

Para o ministro, o Brasil tem uma dúzia de bons projetos verdes.

“Tem uma quantidade enorme de oportunidades a serem aproveitadas. Eu sequer tinha notícia do climate scanner“, disse em referência a uma ferramenta do TCU que será lançada durante a COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes.

Haddad argumentou que a presidência brasileira do G20 e a COP30, em Belém, no Pará, sejam usadas como uma vitrine dos projetos, como o hidrogênio verde, que ocorrem no país.
“Podemos dar visibilidade mundial para o que está sendo feito aqui com efeitos externo e interno”, afirmou. “Não temos ainda alinhamento em torno disso no Brasil. Ainda estamos remando, envolvendo as pessoas”, continuou.
O ministro comentou que há 20 anos havia a dúvida sobre se a agenda de sustentabilidade colidia com o desenvolvimento.

“A humanidade amadureceu, e também pela dor. Nós é que vamos pagar preço por agredir a natureza, sobretudo os pobres”, previu. A situação, de acordo com ele, no entanto, pode ser evitada. E mais: o país poderia aproveitar o momento para fazer dessas questões fonte de geração de emprego e de cidadania.

Haddad ainda agradeceu a parceria do TCU, citando nominalmente discussões em torno de mudanças no Carf e da reforma tributária. “Tem sido inestimável o TCU para uma agenda de modernidade da máquina pública”, elogiou. Participam do evento os ministros Rui Costa (Casa Civil), Esther Dweck (Gestão), Marina Silva (Meio Ambiente), Jorge Messias (AGU) e Augusto Nardes (TCU).

Por Estadão Conteúdo