“Agro não é o único responsável pelas metas ambientais do Brasil”, diz ministro

Marcos Montes, ministro da Agricultura reforçou as práticas sustentáveis do setor em evento sobre sustentabilidade no cooperativismo

Durante a última etapa da série de eventos do “Seminário sobre Sustentabilidade e Inovação no Cooperativismo”, evento realizado pelo Canal Rural em parceria com o Sistema OCB, a Organização das Cooperativas Brasileiras, o ministro da agricultura, Marcos Montes, destacou que o agronegócio não é o único responsável pelas metas ambientais do Brasil.

“O Brasil quer cumprir essas metas, sejam elas quais forem. Mas é importante deixar claro que o agronegócio não é o único responsável pelas metas. Não cobrem só do agronegócio, a sociedade urbana, a indústria também devem participar. Senão, vai ficar só nas costas  do agro, uma responsabilidade que já vem sendo cumprida, mas não podemos ser os únicos a buscar essa solução para o mundo”,  ponderou.

Brasil e segurança alimentar

O ministro Montes também reforçou a importância do Brasil para a segurança alimentar do mundo.  Segundo ele, o País tem que produzir alimentos e o mundo precisa do Brasil para isso.

“O mundo precisa do Brasil, senão passa fome”, afirmou.

Protagonismo brasileiro na reciclagem de embalagens

Metas Ambientais

Outro tema abordado no encontro foi o protagonismo brasileiro na reciclagem de embalagens de defensivos agrícolas. De acordo com o ministro do meio ambiente, Joaquim Leite, o governo federal trouxe uma política diferente, saindo de uma política de apenas culpar o setor privado para incentivar e criar uma economia verde. O ministro também atribuiu às cooperativas a responsabilidade pelo feito.

Segundo o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), o programa de logística reversa de embalagens evitou a emissão de 899 mil toneladas de gases de efeito estufa entre os anos de 2002 e 2021, o que corresponde a mais de 15 mil viagens em torno da Terra de caminhão.  E ainda, se a emissão de gás carbônico tivesse acontecido, seria necessário plantar 6,5 milhões de árvores para compensar.

“O Brasil é o número 1 em retorno de embalagens de defensivos e isso mostra uma agricultura responsável, que vai do fabricante ao mercado consumidor. Atingimos o recorde de 95%, já os países que são os segundos colocados – França e Alemanha – fazem 70%. Isso numa dimensão menor e com uma logística muito melhor que a nossa”.

Perspectivas para a Cop 27

O embaixador e secretário de assuntos multilaterais políticos do Ministério de Relações Exteriores, Paulino Franco de Carvalho, só teceu elogios ao setor agro brasileiro e apontou as perspectivas em relação a COp 27, 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.

“Queremos em novembro de 2022, no Egito, na COP27, mostrar o que o nosso agro tem feito. É um agronegócio moderno, sustentável, comprometido com os mecanismos de monitoramento, informações e verificação. Queremos mostrar que  seguimos critérios científicos e mecanismos de mercado para dar à agricultura brasileira essas  características de sustentabilidade”, finalizou.