Agricultura familiar: contrato de venda garante renda e menos desperdício
Na produção, a irrigação é feita com água que vem da chuva estocada em tanques. A área de plantio tem pouco mais de 4 mil m².
Segundo o último Censo Agropecuário 2017-2018, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 76,8% dos 5,073 milhões de estabelecimentos rurais do Brasil foram caracterizados como pertencentes à agricultura familiar.
Em termos de valor de produção, os dados indicam que a produção da agricultura familiar gerou receita de 106,5 bilhões de reais (23% do total), enquanto a geração de receita da agricultura não familiar foi de 355,9 bilhões de reais (77% do total).
O levantamento demonstra a relevância econômica e social da agricultura familiar no Brasil. Diante de programas federais que incentivam a atividade nos estados, cooperativas de Mogi das Cruzes compram a produção dos agricultores.
É o caso, por exemplo, do Ivo Bernardo da Silva e da Luzia. Eles eram feirantes e viviam preocupados se venderiam a produção. Apesar disso, o sorriso nunca faltou. Agora, têm a garantia da comercialização pois conseguiram contrato de venda permanente.
Bernardo relata que o momento foi desafiador, mas valeu a pena “Foi dificil entrar na Conab. Tivemos que passar por um preparo. É bastante exigente; Colocamos na balança o que dava para vender, o que não dava. Depois, tudo vai se encaixando”. explicou.
Na produção, a irrigação é feita com água que vem da chuva estocada em tanques. A área de plantio tem pouco mais de 4 mil m². Conta com pés de tem alface, couve, beterraba, espinafre. São mais de 40 itens. Todos os itens orgânicos.
Assista a matéria na íntegra:
Além do casal, outros 120 agricultores vendem a maior parte da produção para 3 cooperativas que atendem o programa na região. O diretor da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) regional de Mogi das Cruzes, David Rodrigues, conta que faz o acompanhamento dos produtores. “Nós acompanhamos os produtores em suas organizações, principalmente nas cooperativas. Os produtores, como o sr. Ivo consegue programar a sua produção. Eles colhem praticamente no dia, e já levam para a escola. É importante porque foi o que garantiu a venda nesses dois últimos anos de pandemia.”disse.
A engenheira agrônoma, Roberta Maia, acompanha o trabalho de perto. Todos os dias ela está no campo para dar suporte aos produtores. “Desta forma o produtor consegue reduzir suas perdas. Com uma cultura sustentável e orgânica é necessário trabalhar as questões de solo, de clima, de manejo. Acredito que, equacionando isso, o agricultor consegue aumentar sua produção”, explicou.
Assista o programa na íntegra: