Fertilizantes em criptomoeda: novo modelo de comercialização ganha espaço no agro

No caso dos fertilizantes, os criptoativos são vinculados a uma quantidade específica do produto, como 1 quilo de uréia ou 1 tonelada de cloreto de potássio

Um novo modelo de comercialização de fertilizantes está ganhando espaço no agronegócio brasileiro: a compra e venda de criptoativos vinculados a esses produtos.

Os criptoativos são ativos digitais protegidos por um processo de codificação que garante mais segurança durante a comunicação.

No caso dos fertilizantes, os criptoativos são vinculados a uma quantidade específica do produto, como 1 quilo de uréia ou 1 tonelada de cloreto de potássio.

Quais os benefícios do ‘criptofertilizante’?

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Foto: Envato

As vantagens desse modelo de comercialização são diversas. Para o produtor rural, a principal delas é a possibilidade de travar o preço do fertilizante no momento da compra. Isso pode ser um importante diferencial em um mercado com preços voláteis.

Além disso, o produtor rural pode comprar o criptoativo com a intenção de converter em fertilizante posteriormente, ou como uma forma de investimento. Nesse último caso, o criptoativo é considerado um ativo de baixo risco, pois está vinculado a um bem físico.

A Cibra, uma das maiores empresas de fertilizantes do Brasil, é uma das pioneiras nesse modelo de comercialização. A empresa lançou o Cibracoin, um criptoativo vinculado ao produto, em 2022.

Nos primeiros seis meses de 2023, a Cibra faturou R$ 8 bilhões em fertilizantes, dos quais R$ 3 bilhões foram provenientes da comercialização de criptoativos. A empresa tem a meta de produzir 3 milhões de toneladas vinculados a criptoativos em 2023 e 5 milhões de toneladas até 2026.

O modelo de comercialização ainda é incipiente, mas tem potencial para revolucionar o setor. O uso de criptoativos pode trazer maior transparência, segurança e eficiência para as transações, beneficiando tanto produtores rurais quanto empresas do setor.