Ministro da Agricultura anuncia lançamento de programa para recuperação de pastagens degradadas

A fala do ministro foi feita na abertura do 3º Fórum Planeta Campo 2023, que ocorre até o fim da tarde desta quinta-feira (9), no Jockey Club de São Paulo

O ministro da Agricultura (Mapa), Carlos Fávaro, anunciou que até o dia 22 de novembro , portanto, antes da COP28, será lançado um programa nacional de recuperação de pastagens degradadas.

“Será uma revolução que o Brasil tem potencialidades para fazer, pois trata-se de um programa com sequestro de carbono e produção eficiente, como já é feito por todos os produtores brasileiros”, adiantou.

Segundo o ministro, a meta do governo é converter 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade em áreas agricultáveis em dez anos, o que pode levar o país a dobrar a produção.

3º Fórum Planeta Campo 2023

Fávaro, Pastagens, Agricultura

Foto: Reprodução

A fala do ministro foi feita na abertura do 3º Fórum Planeta Campo 2023, que ocorre até o fim da tarde desta quinta-feira (9), no Jockey Club de São Paulo. Promovido pelo Canal Rural, o fórum reúne autoridades, líderes do setor agropecuário, representantes da academia e da sociedade civil em torno de seis painéis.

Entre os temas, o mercado de carbono, bioinsumos, certificações, métricas e relações internacionais e com o consumidor, buscando soluções e políticas públicas para melhor posicionar o Brasil nas discussões da sustentabilidade no campo.

Na abertura, o presidente do Canal Rural, Júlio Cargnino, destacou que a realização do evento é a reafirmação de um compromisso assumido em setembro de 2021, quando o Planeta Campo surgiu para organizar o ambiente de informação da agricultura sobre sustentabilidade.

“A ideia sempre foi levar informações para o produtor rural, para que ele possa se desenvolver rapidamente e sustentar seus negócios. E, além disso, levar para a sociedade o que existe no campo: que o produtor rural é um grande parceiro do meio ambiente. E não um vilão”, enfatizou.

A JBS, uma das maiores empresas de alimentos do mundo e uma das primeiras companhias a assumir compromissos de neutralidade climática, também esteve presente. Foi representada por sua diretora-executiva de assuntos corporativos, Marcela Rocha, que lembrou de um dos maiores desafios da humanidade para o futuro próximo: produzir mais alimentos para uma população global crescente.

“Teremos 2 bilhões de pessoas a mais no planeta em 2050. É uma China e meia a mais para a mesma quantidade de área. Então, teremos que regenerar e compartilhar tecnologia, sermos mais produtivos. E o Brasil está numa posição muito privilegiada. O nosso sistema agroalimentar é o melhor do mundo. O Brasil é o país mais capaz de fazer isso e está fazendo. Nos últimos 40 anos, a nossa produção agrícola aumentou 400%”, afirmou.

Na mesma linha, o secretário de Agricultura de São Paulo, Guilherme Piai, disse que é preciso levar para a COP28 apenas a verdade, que o agro brasileiro é o que mais preserva, que é o mais sustentável do mundo, mas pouco valorizado.

“Temos que ser protagonistas. O mundo hoje olha para transição e segurança energética, segurança alimentar e mudanças climáticas. O Brasil é o único país do mundo capaz de liderar esses processos. Temos tudo para isso”, concluiu.