A COP26 é uma grande oportunidade para mostrar ao mundo o esforça da agropecuária brasileira, afirma Muni Lourenço

Agricultural field with even rows in the spring. Growing potatoes. Purple sunset clouds in the background
Agricultural field with even rows in the spring. Growing potatoes. Purple sunset clouds in the background

Nesta segunda-feira (08), o diretor de conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, conversou com Muni Lourenço,  presidente da Federação da Agricultura e Pecuária (FAEA) e vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Lourenço participou de um painel sobre agricultura sustentável, pecuária e estratégias para reduzir a emissão de metano. “O Brasil antecipou algumas metas de redução de carbono, são metas ousadas. Precisamos, agora, atingir essas metas. A COP26 é uma oportunidade essencial para mostrar ao mundo nosso esforço como nação que vem conseguindo conciliar produção de alimentos e segurança alimentar além da sustentabilidade”, explicou.

Assista a entrevista:

Durante a COP26, Conferência Mundial do Clima, o Governo Federal anunciou a meta de reduzir as emissões de carbono em 50% até 2030. A expectativa brasileira é que, em 2050, o país zere a emissão de carbono na atmosfera. 

Para Joaquim Leite, ministro do Meio Ambiente, é uma nova meta climática mais ambiciosa, passando de 43% para 50% até 2030. “O Brasil demonstra, mais uma vez, seu compromisso como parte de um acordo coletivo”, frisou Leite.

Entre as medidas, estão:

  • Zerar o desmatamento ilegal até 2028: 15% por ano até 2024, 40% em 2025 e 2026, e 50% em 2027, comparando com o ano de 2022;
  • Restaurar e reflorestar 18 milhões de hectares de florestas até 2030;
  • Alcançar, em 2030, a participação de 45% a 50% das energias renováveis na composição da matriz energética;
  • Recuperar 30 milhões de hectares de pastagens degradadas;
  • Incentivar a ampliação da malha ferroviária.

Mitigação de gases de efeito estufa

A diretora executiva da Imaflora, Marina Piatto, falou direto da Glasgow ao Planeta Campo sobre boas práticas de manejo e sequestro de carbono. Segundo a executiva, muitas práticas sustentáveis já são conhecidas pelo produtores. A questão agora é ter isso em larga escala para aumentar o potencial. “O Brasil tem tecnologia, tem área, tem rebanho, um agronegócio que é moderno. Precisamos de uma implementação em escala”, disse.

Assista o programa Planeta Campo desta segunda-feira (08), na íntegra: