Brasil é um dos países mais vulneráveis à mudança climática, diz Alckmin
Após mencionar que 2023 foi o ano mais quente no mundo em 174 anos de medições meteorológicas, Alckmin apontou que dois terços dos municípios brasileiros foram afetados pelas mudanças climáticas
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira, 25, que, enquanto os países ricos são os maiores emissores de gases de efeito estufa, os países mais pobres, que têm atrasos em infraestrutura, são os que mais enfrentam as consequências das mudanças climáticas.
Após mencionar que 2023 foi o ano mais quente no mundo em 174 anos de medições meteorológicas, Alckmin apontou o Brasil entre os países mais vulneráveis às alterações no clima, com situação “mais delicada” nas regiões Norte e Nordeste. Ele pontuou que dois terços dos municípios brasileiros foram afetados pelas mudanças climáticas.
Em abertura do seminário “Brasil rumo à COP 30”, Alckmin reiterou o compromisso do Brasil tanto no combate a mudanças climáticas quanto na descarbonização. Também destacou as oportunidades e vantagens comparativas na transição do mundo a fontes de energia mais limpas.
Conforme o vice-presidente, o Brasil é protagonista em três dos debates mais importantes do momento no mundo, listando, além da agenda climática, a segurança alimentar e a segurança energética.
A fonte renovável de energia elétrica – da qual 55% vêm de hidrelétricas e 35% de geradores de energia solar e eólica – vai abrir, de acordo com Alckmin, inúmeras oportunidades de investimento no país em meio à transição à economia de baixo carbono.
Por outro lado, ressaltou, a prioridade do Brasil com relação ao desmatamento, responsável por 50% das emissões do território.
Alckmin citou a redução de 50% do desmatamento na Amazônia em 2023, primeiro ano do mandato, como a demonstração do sucesso do governo nessa frente. “Uma curva que vinha crescendo caiu 50% no primeiro ano”, frisou o vice-presidente.
Por Estadão Conteúdo