COP: Fundo JBS defende importância do suporte financeiro e de inovações tecnológicas e sociais para preservar biomas
Em painel realizado neste domingo (3) na COP-28, em Dubai, a diretora-executiva do Fundo JBS pela Amazônia, Andrea Azevedo, falou sobre a importância de usar a filantropia para fomentar mudanças positivas no combate ao aquecimento global
Em painel realizado neste domingo (3) na COP-28, em Dubai, a diretora-executiva do Fundo JBS pela Amazônia, Andrea Azevedo, falou sobre a importância de usar a filantropia para fomentar mudanças positivas no combate ao aquecimento global.
Segundo ela, os investimentos podem promover adaptação e mitigação do desmatamento, por meio de inovações tecnológicas e sociais para ajudar os mais vulneráveis a minimizarem o risco e perdas trazidos pela mudança climática.
Investimento no bioma
A organização sem fins lucrativos criada em 2020 destina investimentos com foco em dois grandes objetivos: restaurar e conservar o bioma.
Para atingir as metas, atua dentro de três eixos: Cadeias Produtivas em Áreas Abertas, Bioeconomia e Ciência e Tecnologia. Desde a sua fundação, já apoiou mais de 20 projetos, com investimentos que somam R$ 72,9 milhões, resultando em 1,92 milhão de hectares conservados ou com manejo para recuperação de áreas, com efeitos positivos para cerca de 5,18 mil famílias beneficiadas.
“Na América Latina, especialmente no Brasil e na região amazônica, as adaptações para mitigar e combater as mudanças climáticas se relacionam principalmente com a transformação do uso da terra e com a agricultura. A produção de alimentos é feita por uma parte relevante de pequenos produtores. No Brasil, só na região da Amazônia, existem mais de 500 mil famílias envolvidas na agricultura familiar, a exemplo do que acontece no mundo, pequenos produtores representam 35% da produção de alimentos”, afirmou.
Segundo Andrea, em geral, esses pequenos produtores têm duas barreiras principais: a falta de financiamento e o pouco acesso à assistência técnica qualificada e a tecnologia.
“Superando essas duas barreiras, nós ajudamos essas populações a acessarem a agricultura de baixo carbono. Temos incentivado práticas como a restauração de áreas degradadas, diversificação na produção e agricultura regenerativa, entre outras. Todas essas mudanças vão ter impactos relacionados ao melhor uso da terra, melhoria dos rendimentos dos agricultores, além de proteger fontes de água e conservar a biodiversidade, só para mencionar alguns impactos”.
Andrea defendeu ainda que governo, setor privado, fundos internacionais, fundos privados e filantropia devem passar a orquestrar uma agenda comum de apoio a ribeirinhos, produtores rurais, populações indígenas e todos os atores envolvidos na agricultura familiar.
O painel, intitulado “Avançando na ação climática global – construindo uma visão estratégica comum a partir de filantropias que trabalham no Sul Global” foi promovido pela Fundación Avina, Latimpacto, Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE) e Arab Foundations Forum (AFF).
A proposta foi criar um espaço colaborativo entre um grupo de organizações filantrópicas e lideranças para debaterem a importância, os avanços e como a filantropia pode avançar para ajudar no combate às mudanças climáticas.
Sobre o Fundo JBS pela Amazônia
O Fundo JBS pela Amazônia é uma organização sem fins lucrativos criada em 2020 para recuperar áreas degradadas e apoiar modelos inclusivos e rentáveis que gerem valor para a floresta em pé. Para alcançar esses resultados, o Fundo trabalha dentro de três grandes eixos de atuação.
Cadeias Produtivas em Áreas Abertas, Bioeconomia e Ciência e Tecnologia. Juntos eles alavancam e potencializam a produtividade em áreas degradadas e fortalecem o ecossistema de negócios gerados em torno da floresta em pé. O eixo Ciência e Tecnologia é transversal, e apoia soluções disruptivas e estruturantes capazes de agregar valor aos produtos das florestas e desenvolver conectividade, mobilidade e energia renováveis.
Até novembro de 2023, o Fundo JBS pela Amazônia apoiou 20 projetos com investimentos de R$72,9 milhões comprometidos. Juntas, essas iniciativas beneficiaram mais de 5 mil famílias; conservaram 1,9 milhão de hectares sob manejo melhorado/recuperado; apoiaram o desenvolvimento de 19 pesquisas, fortaleceram 11 cadeias produtivas e destravaram R$ 2,2 milhões em crédito para negócios da bioeconomia.
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Sobre a JBS
A JBS é uma das maiores empresas de alimentos do mundo. Com uma plataforma diversificada por tipos de produtos (aves, suínos, bovinos e ovinos, além de plant-based), a Companhia conta com mais de 270 mil colaboradores, em unidades de produção e escritórios em todos os continentes, em países como Brasil, EUA, Canadá, Reino Unido, Austrália, China, entre outros.
No Brasil, a JBS é uma das maiores empregadoras do país, com 152 mil colaboradores. No mundo todo, a JBS oferece um amplo portfólio de marcas reconhecidas pela excelência e inovação: Friboi, Seara, Swift, Pilgrim’s Pride, Moy Park, Primo, Just Bare, entre muitas outras, que chegam todos os dias às mesas de consumidores em 190 países. A empresa investe em negócios correlacionados, como couros, biodiesel, colágeno, higiene pessoal e limpeza, envoltórios naturais, soluções em gestão de resíduos sólidos, reciclagem e transportes, com foco na economia circular.