“Mercado de carbono é uma tendência global, não só do Brasil”, afirmou Montezano.
De acordo com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, cabe a agentes operadores criar essa estrutura.
O mês de novembro foi um marco para a economia verde e o mercado de carbono. Isso porque, o acordo final da COP 26, realizada Glasgow, Escócia lançou as bases para o mercado de carbono. “É uma tendência global, não só de Brasil” afirma o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, entrevistado pelo sistema de comunicação federal no último domingo, (5).
Segundo Montezano cabe a agentes operadores, como o BNDES, criar essa estrutura. O presidente do banco citou o programa Floresta Viva, em que serão investidos, em um primeiro momento, R$ 500 milhões em reflorestamento e restauração de bacias hidrográficas. Serão R$ 250 milhões doados pelo BNDES e outros R$ 250 milhões por empresas, que, de acordo com o executivo, começa como doação e depois vira investimento, já que a floresta reflorestada será fonte de créditos de carbono a serem comprados.
Mercado de carbono
O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, disse no início do mês de novrmbro, que o novo mercado global de carbono deve movimentar algo em torno de US$ 50 bilhões ao ano, sendo que a estimativa do governo é que US$ 10 bilhões sejam destinados ao carbono que o Brasil vai exportar.
Leite avaliou que o país foi protagonista nas negociações no âmbito da 26ª Conferência sobre as Alterações Climáticas (COP26), em Glasgow, referindo-se à meta de atingir a neutralidade de carbono até 2050 como a maior ambição apresentada por países em desenvolvimento do G-20.
“O Brasil teve um papel importantíssimo, especialmente no acordo que criou o mercado de carbono global. O Brasil atuou de forma construtiva e proativa. Nós articulamos quando necessário, pressionamos os países que queriam bloquear a negociação e, ao mesmo tempo, esclarecemos pontos positivos para outros países.”
Ainda de acordo com o ministro, o Brasil realizou, em Glasgow, um total de 24 reuniões com países como Estados Unidos, China, Suíça, Paraguai, Uruguai e Argentina, além de membros da União Europeia. Para Leite, as rodadas demonstram o que ele chama de protagonismo brasileiro na negociação do clima.
“Começamos a mexer nesse tabuleiro de negociação multilateral de todos os países – são praticamente 200 países – que tinham que aprovar esse texto no final da conferência. Nós conseguimos esse objetivo. A meta era essa mesma e nós conseguimos criar o mercado global de carbono. O Brasil será um exportador de carbono pro mundo”, concluiu.
Com informações da Agência Brasil