Reciclagem no agro reduz mais de 1 milhão de tonelada de CO2

O Sistema Campo Limpo se destaca na destinação de embalagens de defensivos agrícolas, posicionando o Brasil como líder global em práticas de economia circular e sustentabilidade no agronegócio.

O Brasil se consolida como referência mundial em economia circular no agronegócio graças ao Sistema Campo Limpo, programa de logística reversa que gerencia a destinação correta de embalagens vazias de defensivos agrícolas. Dia 18 de agosto, é celebrado o Dia Nacional do Campo Limpo, uma data que ressalta o impacto positivo dessa iniciativa no meio ambiente e na saúde pública.

Desde 2002, mais de 754 mil toneladas de embalagens foram destinadas de forma ambientalmente correta, contribuindo para a redução de mais de 1 milhão de toneladas de CO2 emitidas. Antônio Carlos Amaral, gerente de operações do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), destaca que esse sucesso só foi possível graças ao engajamento de toda a cadeia produtiva, desde agricultores até o poder público.

“O impacto ambiental é enorme, evitando que essas embalagens sejam reutilizadas indevidamente ou queimadas, o que traria sérios riscos ao meio ambiente e à saúde humana”, explica Amaral. A integração dos diferentes elos do setor agropecuário é um dos pilares do sistema, garantindo a sustentabilidade das operações.

O Sistema Campo Limpo não para de evoluir. Amaral revela que novos planos estão em andamento para ampliar a eficiência da logística reversa, especialmente em novas fronteiras agrícolas, como o Mato Grosso e o Matopiba. “A inovação constante é fundamental para que possamos alcançar todo o Brasil e reduzir o tempo de processamento das embalagens, garantindo um destino final adequado,” completa.

Além da destinação de embalagens agrícolas, o sistema ampliou suas ações sustentáveis ao firmar uma parceria com a Green Eletron para reciclagem de eletroeletrônicos. “Essa parceria fortalece nossos objetivos de proteção ambiental e conscientização sobre a gestão de resíduos, tanto no campo quanto nas cidades,” destaca Amaral.

Com uma governança sólida e um planejamento estratégico robusto, o Sistema Campo Limpo continua a ser um modelo a ser seguido globalmente, provando que a sustentabilidade e a inovação caminham juntas no agronegócio brasileiro.